segunda-feira, 26 de abril de 2010

Cálculo do IDESP e do Bônus

O Idesp é o resultado da multiplicação do ID pelo IF.
ID = Indicador de Desempenho, é calculado levando em consideração o resultado das provas de Língua Portuguesa e Matemática do SARESP.
IF=Indicador de Fluxo, é medido pela taxa de aprovação e evazão dos alunos da 1ª à 4ª e da 5ª à 8ª séria do Ensino Fundamental e da 1ª à 3ª séria do Ensino Médio. Com este índicador todos nós professores somos levados a promover os alunos, mesmo sabendo que não devemos, isto para garantir a perpetuação das mazelas de políticas educacionais sem objetivos, políticas baseadas em números duvidosos.
A cada ano é proposto uma meta do IDESP para as escolas, e assim o bônus varia de acorodo com o cumprimento da meta e a assiduidade do professor, mas esta política não parece ser seguida a risca, não tem transparência. As metas são calculadas por meio de equações extremamente complexas, o objetivo é que ninguém entenda, pois isto é uma estratégia de nos manter sem saber como as coisas acontecem, devemos apenas obedecer, é um processo de racionalização.
A intenção é gerar discussões a respeito deste fato, participe e deixe seu comentário.
Profº. Aguinaldo Capeletti Moura

Bônus... Em verdade Ônus...

Veja algumas informações sobreo Bônus...

No total, 209.833 professores, supervisores, diretores e demais
profissionais da educação de São Paulo receberão o Bônus. É um crescimento
de 7,1% em relação aos 196 mil premiados de 2009. Nada menos do que
117.401 educadores vão ganhar mais do que R$ 2.500, e 92.432 vão ganhar
até R$ 2.500. Outros 36.919 profissionais vão ganhar mais de R$ 5.000, sendo
que 4.145 educadores vão ganhar mais de R$ 8.000. “São prêmios expressivos
até mesmo para grandes empresas que valorizam os seus resultados, e no
nosso caso o resultado é o mais nobre de todos: a melhoria do aprendizado nos
nossos alunos”, diz Paulo Renato.

Observemos que o Secretário qualifica o bônus como uma recompensa, enaltecendo a iniciativa privada, seria a lógica de mercado imbutida na educação??

Os professores e demais profissionais da educação cujas escolas tiveram
bom desempenho no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado
de São Paulo) vão receber, no pagamento a ser realizado no próximo dia 25 de
março, o Bônus por Resultado. No total, o Governo do Estado vai pagar R$ 655
milhões na premiação, um crescimento de 10,9% em relação aos R$ 590,6
milhões utilizado no Bônus pago em 2009. “O valor expressivo do Bônus mostra
a valorização e o respeito que o Governo do Estado tem pelos professores e
profissionais da educação. É assim que a educação de São Paulo está
melhorando”, diz o secretário Paulo Renato Souza.

Observem que o Governo combate veementemente as denominadas reprovações por achar essas arbitrárias e punitivas, devemos também salientar que o sistema avaliativo é padronizado e não leva em conta as realidades locais, que o próprio Governo do Estado diz nas entre linhas de suas declarações.

Acha realmente justa a política de bônus!!??

Bônus sem ônus, não existe...


sábado, 24 de abril de 2010

PARALIZE A INÉRCIA, NÃO A PROFISSÃO!!!!

ATENÇÃO!!!


"Eu acredito em apenas uma coisa: o poder da vontade humana."

Stalin




Dia 07/05 nova Assembléia em São Paulo, é necessária a participação de todos... A moéda de barganha é o número de professores, estudantes e comunidade mobilizados em prol da causa...
Ônibus sem ônus serão disponibilizados pelas Subsedes. Orientamos todos os professores vinculados à Subsede Araçatuba que se liguem e liguem para a Camila ou Emerson para garantir sua vaga.

A MOBILIZAÇÃO AINDA CONTINUA...

Devemos lembrar aos senhores professores que a mobilização continua e a nossa pauta ainda está em pauta... Contacte o RE de sua escola para maiores informações...
Acompanhe as informações pelo sítio da APEOESP: http://apeoespsub.org.br/
A Luta é nossa, não é isolada!!!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

INCORPORAÇÃO DA GAM

O governo e sua base de deputados demonstraram mais uma vez o seu descaso com os professores, na assembleia da última terça-feira 20/04, ficou decidido a incorporação da GAM e três parcelas, diferente do desejo da maioria dos professores que preferia em uma parcela.
Bom no próximo dia 7 de maio devemos estar na assembleia, pois professor, não adiantar reclamar na sala dos professores, vamos para a rua é lá que se faz manifestação.
As informações acima foram retiradas do Fax 45 da APEOESP, o qual pode ser encontrado no site do sindicato.
Prof.º Aguinaldo Capeletti Moura

quarta-feira, 21 de abril de 2010

PONTO DE CULTURA...

Atenção docentes...
Em Birigui, está funcionando o Ponto de Cultura, um projeto do MINC, o título é HISTÓRIA DO POVO DE BIRIGUI, será confeccionado um documentário e um livro.
Maiores informações pelo fone: (18) 97750040.

REPOSIÇÃO DE AULAS...

Depois de uma greve em que o magistérios paulista fora ainda que de forma pífia discutido, mas devemos ressaltar entretanto, a vitoriosa greve, edificada em uma conjuntura política muito desfavorável. Nada melhor que efetuar nossa reposição dos dias em greve, para evidenciar para o Governo do Estado e para os cidadãos a nossa responsabilidade social e dar mais uma vez uma aula de cidadania para o senhor Homem Dourado, não se trata de um novo super heróia da Marvel Comics, fazemos referência ao nobilíssimo senhor Goldman, que fizemos uma tradução literal, afinal de contas, por essas bandas se fala o português...
Os professores devem contactar a escola para definir o calendário de reposição...
Vamos dar essa aula de cidadania!!
Como diria o Virgílio não o Artur Virgílio... risos... em sua écloga:
Libertas Quæ Sera Tamen!!

VOTAÇÃO DAS GOTAS AMARGAS DO MAGISTÉRIO

O Plenário apreciou ontem o Projeto de lei complementar 8/2010, cuja atribuição é a reclassificaçãos dos salários do Quadro do Magistério Estadual, mediante a incorporação progressiva nos vencimentos e salários, da tão discutida Gratificação por Atividade de Magistério (GAM) ou como dizem os camaradas que galgaram suas aposentadorias as Gotas Amargas do Magistério, instituída pela Lei complementar 977/2005, com vigência fixada para 1º de março de 2010, 1º de março de 2011 e 1º de março de 2012, respectivamente.
Dar-seá essa incorporação correspondente a 15% do salário mensal recebido pelo professor, em 2012, quando a GAM extinguir-se-á, preve aindo o PLC a revalorização da Gratificação Geral, instituída pela Lei complementar 901/2001, a partir de 1º de março de 2010, sendo que essa integra a retribuição mensal para fins de apuração da GAM.
Ocupantes do cargo de Dirigente Regional de Ensino irão incorporar a Gratificação Suplementar, instituída sob a égide da Lei complementar 957/2004, objetivando compatibilizar sua retribuição com as demais classes de suporte pedagógico do Quadro do Magistério.
Conforme acordo firmado durante o Colégio dos Líderes, o PLC fora votado ontem, antes do dia de Tiradentes...

14º Salário...

O título da postagem é deveras animador... Mas, infelizmente faz referência a uma realidade complexa, o salário dos professores paulistas é o 14º do Brasil, em sentido ordinal... Então, não se trata de um 14º, mas do décimo quarto!!!
Curiosamente, o Estado com grande cardinalidade de recursos, apresenta essa ordinalidade dos salários e deixa os professores em um Estado sem estado!
Bom, ainda nos resta o décimo terceiro, mas ainda estamos no décimo quarto...

domingo, 18 de abril de 2010

“Eu me preparei a vida inteira para ser presidente” (Risos)

Deêm uma olhadela na entrevista do Serra... O Crédito pelos parenteses é nosso.

Aos 68 anos de idade, o economista e ex-deputado, ex-senador, ex-prefeito e ex-governador de São Paulo José Serra parte para a sua segunda tentativa de chegar à Presidência da República. A VEJA, ele falou dos motivos que o levaram a candidatar-se e do país que sonha em construir, caso vença: em síntese, um país que ofereça às pessoas oportunidade de crescimento. Oportunidade que, no caso dele, poderia ter faltado não fossem os esforços do pai, comerciante. “Ele carregava caixas de frutas no Mercado Municipal para que um dia eu pudesse carregar caixas de livros”, diz. Foi na sala que abriga alguns deles, parte de uma biblioteca pessoal de 10 000 volumes, que José Serra concedeu a seguinte entrevista.

Por que o senhor quer ser presidente da República?
Porque eu creio que o Brasil pode avançar mais, o Brasil pode mais, e eu me sinto preparado para isso. Eu me preparei a vida inteira para ser presidente.

O senhor sempre teve vontade de ser presidente?
Evidentemente, ser ou não presidente não é uma escolha sua, não depende apenas de uma decisão. Mas, desde a primeira adolescência, sempre tive vontade de me envolver na vida pública. Eu me lembro de um episódio curioso – e não quero aqui parecer pretensioso. Na 4a série do ginásio, eu tinha um professor de latim que se incomodava e, ao mesmo tempo, se divertia com o fato de eu ser muito barulhento nas aulas. Um dia, ele olhou para mim e disse aos colegas: “Esse aqui, o senhor Serra, vai ser político no futuro, e ele é quem vai mandar. Ele vai mandar em todos vocês aqui”. Eu tinha uns 14 anos. Os colegas, claro, ficaram me caçoando, e eu mesmo fiquei embaraçado. Mas o fato é que foi uma observação que eu guardei para o resto da vida.

Desde que o senhor entrou para a vida pública, há alguma convicção que a experiência tenha modificado?
A minha experiência de governo, nos vários governos, me possibilitou conhecer o essencial de diversas áreas e também me ajudou a entender por que, algumas vezes, as coisas não acontecem. Por exemplo: se você deixar a rédea solta, elas não acontecem.

O senhor tem fama de centralizador. De onde ela vem?
Ela é errada. Uma coisa que eu aprendi ao longo das minhas experiências foi descentralizar: formar boas equipes, permitir que os diferentes integrantes tenham liberdade para trabalhar na formação das suas próprias subequipes e também evitar antagonismos. Para mim, é inconcebível a ideia de colocar um sujeito que pensa “x” e trazer outro que pensa “y” para, nessa divisão, eu arbitrar. Isso não existe comigo. Mas eu cobro muito, até porque tenho uma memória praticamente impecável em matéria de ações, de trabalho. E o computador acrescentou uma agilidade à cobrança que antes não dava para ter. Quando eu era ministro da Saúde, durante a noite eu escrevia bilhetes, a mão mesmo, com cobranças para A, B e C. No fim, dava um volume que tinha de ir dentro de uma caixa. Eu grampeava tudo, mandava para a secretária, e ela despachava. Hoje, com o e-mail, você escreve a um secretário: “E aí?”. Ou: “E a ciclovia?”, por exemplo. Com três palavras você se faz entender. Basta mandar um e-mail desses dia sim, dia não para que, dessa forma, as coisas andem.

Como o senhor pretende orientar a formação de sua equipe ministerial, caso seja eleito?
Eu consegui, na prefeitura e no estado, formar equipes sem indicações de vereadores, de deputados ou de partidos. As pessoas que vieram de outros partidos foram pessoas escolhidas por mim. Não existe isso de “tal setor nomeia tal cargo”. Essa vai ser a orientação. Não é que não vai ter político, mas tem de ser um político apto para aquela função.

E como, então, o senhor fará o jogo político? Como fará para ter uma base forte no Congresso?
Através do Orçamento. Ao contrário do que se acredita, 90% das emendas que os parlamentares apresentam são boas. E você pode inclusive orientar. Dizer, por exemplo: “Quem fizer emendas para concluir obras terá prioridade sobre os que fizerem emendas para começar obras”. Isso funciona, porque o que o parlamentar quer é aprovar a emenda e satisfazer sua base eleitoral. Não é só no Brasil que é assim, é no mundo inteiro – até nos países mais arrumadinhos. E esse é o melhor caminho para formar a unidade com o Legislativo. Outra coisa importante: nenhum grupo de deputados nomeia diretor de empresa pública. Nenhum. Isso porque, para um deputado, a pior coisa que pode acontecer não é ele não nomear: é o outro nomear e ele não. Tem de ter isonomia.

Quais serão suas prioridades na economia?
Eu tenho claríssima a prioridade que deve ser dada à área produtiva, à indústria. Até algum tempo atrás, vigorou o pensamento de que se deveria estimular só o setor de serviços. Isso é uma bobagem. O Brasil não pode voltar a ser uma economia primária exportadora. Isso não criaria empregos para 200 milhões de pessoas.

Por que os banqueiros gostam de falar mal do senhor?
Se falam, não chegou a mim. Eu acho que é importante para o Brasil ter um sistema financeiro sólido, e batalhei muito por isso. Na Constituinte, havia propostas de proibir bancos com capital estrangeiro de operar no Brasil e até de proibir bancos nacionais – ou seja, queriam liberar apenas os bancos locais. Eu ajudei a derrubar as duas propostas. E estava no governo quando foi feito o Proer, que realmente deu solidez ao sistema financeiro – solidez que permitiu, inclusive,
o enfrentamento da crise atual. Agora, quanto a custos, taxas de juros, essas são questões operacionais de um governo. E aí eu tenho uma visão de que é essencial para o Brasil ter um sistema financeiro que empreste bastante, e empreste a custos suportáveis para as pessoas e para a área privada. Isso é uma meta. Em suma, quero dizer o seguinte: como ajudei a erguer
a mesa, jamais a viraria. As pessoas do sistema financeiro que realmente me conhecem sabem disso.

O senhor, caso seja eleito, vai encontrar um Brasil que avançou na área social, mas que ainda tem carências sérias…
Eu acho que o Brasil avançou muito nos últimos 25 anos. Nós afirmamos uma democracia de massas, com uma Constituição que pode ter os seus problemas, mas que enfatizou como nunca as liberdades civis e políticas. Conseguimos acabar com a superinflação, avançar no combate à pobreza, consolidar o SUS, a inclusão educacional e até retomar o crescimento econômico. Não foi um desempenho brilhante, se você o comparar com o da Índia ou o da China, mas foi um desempenho razoável em relação ao dos países desenvolvidos. Agora, isso significa que as coisas estão resolvidas? Não. No que se refere ao crescimento, nós precisamos de infraestrutura. As carências nessa área são dramáticas e representam um gargalo para o nosso desenvolvimento.

E do ponto de vista da economia?
Há, nesse sentido, um desequilíbrio externo que vem se agravando pelo lado da balança comercial e do déficit em conta-corrente. Claro, nós temos reservas e temos tido entrada de capital, mas nove entre dez economistas se preocupariam com esse crescimento rápido do déficit externo. A eficiência da ação governamental, ou seja, a capacidade de fixar metas e de cumpri-las, é outro dado que preocupa. Ela ainda é baixa no Brasil. O grande loteamento político que foi feito resultou no aparelhamento de toda a esfera do setor público. Em relação às áreas sociais, há uma necessidade desesperada de avançar no campo educacional, no campo da saúde, que semiestagnou, e no campo da segurança – uma área em que, indiscutivelmente, o governo federal tem de se envolver mais. Até porque boa parte do crime organizado no
Brasil se alimenta de armas e drogas que vêm sob a forma de contrabando, e combater isso é uma tarefa essencialmente federal.

No governo estadual, o senhor conseguiu aumentar o investimento e reduzir a relação entre a dívida e a receita, sem elevar impostos. E no governo federal, dá para aplicar a mesma receita?
Não só dá como será feito. O enfrentamento dessa questão se dá, como se deu em São Paulo, pelo aumento da arrecadação via combate à sonegação, e não pelo aumento da carga nominal de impostos. O corte de custos e de desperdícios aqui também teve um papel imenso.

Como é possível cortar gastos no governo federal?
Você revisa o preço de todos os contratos, para começo de conversa. Mas é preciso também ter novas formas de gestão. É crucial introduzir o fator mérito nas remunerações, por exemplo. Isso tem dado certo em São Paulo. A ideia geral é cortar desperdícios, reduzir custos e selecionar
as prioridades. Com isso, você faz mais e melhores investimentos.

O PT tentará transformar esta eleição numa comparação dos governos Lula e Fernando Henrique. Como o senhor vê essa estratégia?
Eu acho que a eleição tem a ver com o futuro, não com o passado. É assim que a população vai julgar. De toda forma, o governo FHC acabou, e agora será julgado pelos historiadores. Assim como os governos anteriores. Assim como o de Lula será julgado um dia, quando o peso do poder dele não mais puder interferir. E aí veremos o que a história dirá de cada um. É espantosa a quantidade de energia que o PT gasta para falar mal do Fernando Henrique. Quando são aliados deles, como o Sarney e o Collor, só elogiam. Quando são adversários, atacam sem limites. Ou seja, não é uma avaliação honesta. É enviesada. Eu fui ministro de FHC e fui aprovado na função. Tanto que depois disso me elegi prefeito de São Paulo e governador de São Paulo. Agora, todos sabem que eu não sou FHC, sou José Serra. Isso parece incomodar o PT, mas é a realidade.

E quanto à reeleição?
O senhor é mesmo contrário a ela? Eu sou contrário. A minha proposta de reforma política incluirá o fim da reeleição no Brasil.

Qual será a prioridade zero do seu governo?
A essência do governo, como orientação para o Brasil, precisa ser a de oferecer uma maior abertura de oportunidades para a população. O povo brasileiro quer é ter oportunidade na vida: estudo, boa saúde, emprego para os jovens, acesso a bens culturais e de lazer. Nasci e fui criado num bairro operário de São Paulo. Eu me lembro de todos os meus amigos, de criancinha ou de adolescente, que não puderam estudar porque tinham de sustentar a família, ou que não tinham ambiente familiar porque o pai era alcoólatra ou eles tinham muitos irmãos… Por que eu consegui estudar e chegar ao que sou, estudando em escola pública? A explicação é muito simples: porque eu era filho único. Se eu tivesse quatro irmãos, como a maioria, quando chegasse ao ginásio, teria de trabalhar para eles poderem ir à escola. Então, o que o povo brasileiro quer não é muito, é oportunidade.

Qual seria a frase que o definiria?
“Na vida, ninguém fracassa tanto quanto acredita nem tem todo o sucesso que imagina”, de Joseph Rudyard Kipling, via Jorge Luis Borges. Trata-se de uma reflexão que levo muito em conta – minha vida, aliás, é uma ilustração disso. Tê-la em mente permite que sejamos mais humildes nas vitórias e mais altivos nas derrotas. E há uma frase que complementa essa: “O único limite às nossas realizações futuras são as nossas dúvidas no presente. Vamos adiante com fé”, do presidente americano Franklin Delano Roosevelt. Para mim, a política não é a arte do possível, mas a arte de ampliar os limites conhecidos do possível.


Mário Sabino, Thais Oyama e Fábio Portela


Fonte: http://blogdofavre.ig.com.br/

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Desconto dos dias de greve e reposição das aulas

Na última terça-feira 13, aconteceu a primeira reunião com o Secretário da Educação após a suspensão da greve. Em relação aos descontos o secretário comprometeu-se a estudar a possibilidade dos descontos dos dias parados serem parcelados, apesar do governo querer fazer o desconto em uma única vez, e o pagamento da reposição também ser parcelado em folha suplementar, a cada mês.
O calendário de reposição será definido por cada unidade escolar.
Maiores informações no Fax 41 da APEOESP de 14/04
Prof.º Aguinaldo Capeletti Moura

Efetuar cobrança dos Parlamentares...

É importante que os professores enviem e-mails para a ALESP, cobrando para que os parlamentares intersedam junto ao Governo do Estado para que a negociação transcorra de forma a privilegiar as propostas da categoria...
Os endereços dos Parlamentares estão nesse Blog, dúvidas podem ser tiradas por e-mail:
renato-galois@hotmail.com.

Agende-se...

A próxima Assembléia será no dia 07 do próximo mês em São Paulo...
É importante comparecer...

Governo Recebe representantes da APEOESP, mas...

Agendada pela APEOESP ocorreu no dia 13 do corrente mês a primeira reunião para se tentar negociação com o Governo, utilizando-se de subterfúgios a Secretaria esquivou-se e manteve a sua postura dúbia que lhe é peculiar.
Mesmo com a greve suspensa, é necessário continuar a mobilização...
Em um evento sobre cultura ocorrido a algum tempo, conheci uma cara chamado Elvio Tamoio e ele deixou uma frase célebre: Com pressão o feijão cozinha mais rápido...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

PIG - Partido da Imprensa Golpista...

O que a imprensa publica sobre a APEOESP e a luta dos professores:

- O Estado de S.Paulo

Duas semanas após ter proposto aos seus liderados que quebrassem a "espinha dorsal do governador José Serra e do governo do PSDB", durante uma passeata em frente ao Palácio dos Bandeirantes, a presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, teve de deixar a tumultuada assembleia que aprovou o encerramento da greve da categoria, iniciada no dia 8 de março, escoltada por seguranças, sob palavrões, chuva de ovos e duas bombas caseiras. Dos 220 mil professores da rede estadual, somente 1.500 compareceram ao evento, que mais uma vez paralisou a região da Avenida Paulista.

Sempre agindo como um dos braços do PT, a Apeoesp, que é vinculada à CUT, deflagrou a greve com o objetivo de criar constrangimentos políticos a Serra, nas vésperas de se desincompatibilizar para lançar sua candidatura à Presidência da República. Para disfarçar o caráter eleiçoeiro da paralisação, a Apeoesp apresentou uma extensa e absurda lista de reivindicações.

Além de exigir um reajuste salarial de 34,3%, pleiteou a suspensão de todas as medidas adotadas pela Secretaria da Educação para melhorar a qualidade do ensino na rede pública de ensino básico ? como os exames de avaliação de desempenho docente, as provas de promoção por mérito e a escolha dos docentes temporários por meio de concurso público.

Sem terem conseguido ver atendida qualquer reivindicação, as lideranças sindicais saíram da greve inteiramente desmoralizadas, pois o governo agiu com rigor. Não só cortou o ponto dos faltosos, como também vai descontar do salário dos grevistas os dias não trabalhados e exigir que reponham as aulas que deixaram de ser dadas, para evitar prejuízos para os alunos.

Ao justificar o fracasso da greve, os dirigentes da Apeoesp acusaram as autoridades estaduais de terem agido de modo autoritário, recusando-se a negociar. Desde o início da paralisação, contudo, ficou evidente que os líderes da entidade careciam de representatividade. Como só 12 mil docentes ? 5,5% do magistério público ? cruzaram os braços, a maioria das 5,5 mil escolas da rede pública continuou funcionando normalmente. Segundo a Secretaria da Educação, a greve afetou 1% da rede escolar.

Para ocultar o fracasso do protesto, desde o início as lideranças sindicais recorreram a dois velhos e surrados expedientes. O primeiro foi escolher o vão livre do Masp para realizar "assembleias", com o objetivo de provocar congestionamento na região da Paulista e tentar passar a imagem de força. O segundo expediente foi realizar passeatas em locais proibidos para obrigar a Polícia Militar (PM) a intervir e, com isso, ter pretexto para acusar o governo de agir com violência.

Além de moralmente condenáveis, por converterem a população paulistana em massa de manobra de uma corporação profissional, esses expedientes estão custando caro para a Apeoesp. No ano passado, o Tribunal de Justiça condenou a entidade a pagar R$ 1,2 milhão para o Fundo de Interesses Difusos, por ter feito uma passeata em 2005 em desacordo com a legislação. A Corte decidiu que o exercício do direito de greve não pode desprezar o direito de terceiros. Entre 2008 e 2009, os diretores da Apeoesp voltaram a desrespeitar decisões judiciais que proibiam manifestações de protesto em vias públicas. E o Ministério Público estadual já solicitou à CET e à PM relatórios sobre os prejuízos acarretados à cidade pela paralisação da Avenida Paulista por três sextas-feiras consecutivas em março. Esses dados subsidiarão novas ações de ressarcimento.

O fracasso da greve e a desmoralização dos dirigentes da Apeoesp deixaram claro a insatisfação do professorado da rede escolar paulista com a tentativa de exploração política de suas reivindicações corporativas. A categoria já descobriu que, enquanto suas lideranças sindicais estiverem agindo como braço auxiliar de agremiações partidárias, as reivindicações corporativas, muitas delas justas e procedentes, não serão atendidas.


Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100410/not_imp536328,0.php

sábado, 10 de abril de 2010

PARABENIZAÇÃO!!!!

Gostaríamos de parabenizar a todos os professores que participaram ativamente da Greve, corajosamente, dizer que a sua luta não foi e não será em vão...
A Greve foi um processo vitorioso... Conquistas pontuais já foram conseguidas, embora de forma ainda tímida colocamos a educação na pauta da imprensa. Localmente nossos meios de comunicação prestaram um grande serviço, devemos agradecer ao Sistema Sabioni de Comunicação, a Rádio Pérola e a Folha da Região pelo divulgação.
Agradecer também ao grupo Gatos Pingados, da APEOESP subsede Araçatuba... Gatos Pingados... Presente!!!! Àqueles que definiram a nossa luta como inglória, queremos também agradecer e enviar uma mensagem com a permissão dos grandes João Bosco e Aldir Blanc, os mestre-salas da música destilando sua veia poética nas linhas que seguem da música:

"Glórias a todas as lutas
Inglórias
Que através da
Nossa história
Não esquecemos jamais..."

P.S. Ainda estamos em luta!!!!!

"Antes uma hora de liberdade do que quarenta anos de serventia e cárcere." Rigas Feraios

APOIO AOS ESTUDANTES... E À EDUCAÇÃO...

PEC da Educação é aprovada na CCJ da ALESP

Proposta apresentada pelo deputado Pedro Bigardi (PCdoB-SP) garante 50% dos recursos oriundos da extração do Pre-Sal para a educação do Estado de São Paulo.

Acaba de ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de São Paulo, a proposta de emenda à constituição (PEC) do deputado Pedro Bigardi que prevê a destinação de 50% dos recursos oriundos da extração de petróleo da camada pré-sal, do Estado de São Paulo, para as áreas de educação, meio ambiente e ciência e tecnologia. O parecer foi assinado pelo relator especial, o deputado Celso Giglio, líder da bancada do PSDB na Casa.

A proposta foi uma reivindicação feita pela União Estadual dos Estudantes (UEE-SP), o assunto é tema de campanha nacional encampada pela União Nacional dos Estudantes (UNE).

Para o deputado Pedro Bigardi, a aprovação da PEC na CCJ é um importante passo na luta dos estudantes por uma educação mais justa e igualitária no Estado, agora a proposta entrará em votação na Assembleia. “Essa PEC tem a finalidade de garantir a população a oportunidade de usufruir dessa importante descoberta no país, investir na área da educação é investir no cidadão,em seu futuro, em sua formação profissional e também no desenvolvimento do país”, afirma o parlamentar.

De acordo com o presidente da UEE, Carlos Siqueira, a aprovação na CCJ é uma vitória dos estudantes paulistas. “O projeto é uma oportunidade de alterarmos os rumos da educação paulista que sofre uma grande defasagem de qualidade”, ressalta ele. A entidade estudantil realiza uma grande campanha em todo o Estado de São Paulo para conseguir apoio para a proposta apresentada. “Queremos envolver todas as cidades nessa luta e para isso estamos percorrendo câmaras, prefeituras, fazendo abaixo assinados. Com a aprovação na CCJ vamos intensificar também o trabalho na Assembleia para sensibilizar os deputados sobre a importância da aprovação dessa PEC”, relata Siqueira.

“Os integrantes da UEE merecem os parabéns pela ‘condução’ da proposta na Assembleia, eles se mobilizaram na coleta de assinaturas dos demais deputados para a apresentação da proposta e agora fazem uma grande mobilização em torno de sua aprovação”, destaca o deputado Pedro Bigardi.

Fonte: http://www.vermelho.org.br/sp/

Suspensão da Greve, não da Luta!!

Professores paulistas suspendem greve, mas mantém mobilização

Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo decidiram suspender a greve, que completava exatos 30 dias. Cerca de 5 mil profissionais do magistério compareceram à assembleia, realizada na tarde de quinta-feira (8) no vão livre do Masp, região central da capital paulista.

Segundo a Apeoesp (sindicato da categoria), a greve foi suspensa, mas a mobilização permanente dos professores será mantida para forçar a abertura de negociação, visando o atendimento das reivindicações. Ficou marcada nova assembleia, dia 7 de maio — data-limite aprovada pela categoria para a apresentação de contrapropostas pelo governo.

A entidade contatou a Secretaria de Educação, marcando uma reunião para o dia 13 de abril, às 11h30. Na última quarta-feira (7), durante encontro entre líderes dos professores e o secretário Paulo Renato Souza, a diretoria da Apeoesp reafirmou todos os pontos da pauta, inclusive o pagamento dos dias parados.

O secretário não deu uma resposta imediata às reivindicações, mantendo a posição de não conceder reajuste, mas comprometeu-se a instalar negociação. O secretário também sinalizou que o pagamento dos dias parados será feito apenas com a reposição das aulas.

Na próxima terça-feira (13), a Assembleia Legislativa iniciará a votação do projeto de lei que prevê a incorporação da GAM, em três parcelas, para os professores da ativa e aposentados. A Apeoesp está organizando caravanas de aposentados para participar da sessão plenária e pressionar os deputados a aprovarem emenda que prevê a incorporação aos aposentados numa única parcela.

Da Redação, com informações da Agência Sindical

Fonte: http://www.vermelho.org.br/

sexta-feira, 9 de abril de 2010

SUSPENSÃO DA GREVE

Atenção professores! Em assembleia nesta quinta-feira 08/04, realizada no Masp na cidade de São Paulo, ficou decidido que a greve fica suspendida até 07/05, quando acontecerá nova assembléia. O motivo deste recuo, após 33 dias de paralisação, se deve ao fato do atual governador, Alberto Goldman, negociar as reivindicações da categoria somente se a mesma voltar ao trabalho.
Os professores apostam na honestidade do governador em cumprir com sua palavra e acreditamos que sairemos vitoriosos deste movimento.
Prof.º Aguinaldo

terça-feira, 6 de abril de 2010

Carta aos Deputados...

"A doutrina materialista de que os seres humanos são produtos das circunstâncias e da educação, [de que] seres humanos transformados são, portanto, produtos de outras circunstâncias e de uma educação mudada, esquece que as circunstâncias são transformadas precisamente pelos seres humanos e que o educador tem ele próprio de ser educado. Ela acaba, por isso, necessariamente, por separar a sociedade em duas partes, uma das quais fica elevada acima da sociedade."


Karl Marx




Birigui São Paulo, 06 de abril de 2010.
Caros Senhores Parlamentares,
Não seria cabível exprimir nas breves linhas que seguem infra descritas a axiologia da categoria a qual guardo relação de pertinência, o Quadro do Magistério, fato qual, muito me compraz.
É de conhecimento público que a vitoriosa greve dos professores iniciou-se no pretérito mês e mesmo se finda, dar-se-a continuidade a luta pelo avanço da categoria.
A greve é filha do advento da democracia em nossa Pátria, fruto da luta dos grandes setores da sociedade, com a greve, resgatamos a visibilidade e a discução sobre políticas públicas de educação, das melhorias da qualidade de ensino e do aprendizado dos estudantes do Estado.
Nesse interim, colocamos a coletividade a par do tratamento dispensado pelo Estado aos professores, as posturas muitas vezes arbitrárias e vis que o Governo nos impôs, alegando desconhecimento de forma desdenhosa muitas vezes para se eximir de discução tão fundamental para o progresso social, político e econômico do Estado.
As tentativas de negociação foram muitas e malfadadas, o Estado ao invés de utilizar a discussão faz-se uso do canhão, em uma alusão à crítica do despotismo feita por um dos Andradas. Praticou-se tudo, em nome da manutenção da denominada ordem social, pôs-se até em marcha o poder coersitivo do Estado, seria a instalação do bonapartismo? As negociação desseGoverno ocorreriam então por assim dizer sub-repticiamente?
Entendemos, não obstante, a necessidade que os posicionamentos do Governo sejam revistos e que no melhor espírito respeitoso e democrático as negociações sejam iniciadas de forma a colocar a par dos fatos todo a sociedade.
A função dos Governos em quaisquer regime democrático é resover com isenção as situações, não tratá-las com menosprezo, ignorando sua existência, assim sendo, consoante a estrutura organizacional do Estado Brasileiro a tri-partição de Montesquieu, solicitamos a essa austera Casa que interseda por essa causa, que é uma causa de todo povo paulista em todos os rincões do Estado.




Um amplexo Fraternal


Prof. Renato Gomes dos Reis
APEOSP - SBSEDE ARAÇATUBA

segunda-feira, 5 de abril de 2010

MOÇÃO DE APOIO A GREVE DOS PROFESSORES...


O nobre edil Prof. Paulo Bearari, vai expedir consoante as suas atribuições legais uma MOÇÃO DE APOIO A GREVE DOS PROFESSORES. Greve que teve início dia 8 do mês pretérito, contamos muito com o apoio dos legislativos municipais e vemos como benéfico esse apoio hipotecado.
A Sessão é hoje e inicia-se as 20h, nas dependências da Associação Comercial de Birigui.

MOTIVOS PARA NÃO ENTRAR NA GREVE...


Meu gato morreu, não posso entrar em greve.
Meu cachorro está doente, não posso entrar em greve.
Estou sem grana.
Estou fazendo tratamento de choque.
Estou comprando injeções e estou sem grana.
Machuquei o dedo e não posso entrar em greve.
Estou pagando meu celular e não posso entrar em greve.
Estou indo ao dentista, então não posso entrar em greve.
Não tenho tempo para fazer greve.
Sou sustentado pela mãe... Mas, mesmo assim não rola fazer greve.
Tenho que comprar cigarros, por isso não posso fazer greve.
Tenho que comprar esmalte, por isso não rola ir para greve.
Meu diretor não me deixa entrar em greve.
Eu tenho que viajar por isso não vou fazer greve.
Meu(Minha) namorado(a), não me deixa sair de greve.
Quando entro em greve, fico em depressão, depois ainda tenho depressão pós greve.
Por que entrar em greve se sou bem casado(a).
Eu nem sabia que a educação estava de greve.
Deixem outros motivos...

domingo, 4 de abril de 2010

TRIBUNA LIVRE AMANHÃ NA CÂMARA - GREVE!

Amanhã far-se-á uso do expediente da Tribuna Livre da Câmara Muncipal dos Vereadores de Birigui, para se discorrer sobre a Greve do Magistério Paulista. A sessão inicia-se as 20h, contamos com a presença maciça de todos.

sábado, 3 de abril de 2010

Rolando o Globo ou Rolando a Globo...

Servidores respondem à grande mídia e põem a Globo para correr

O funcionalismo público do estado de São Paulo demonstrou à grande mídia que não aceitará calado à campanha de criminalização dos movimentos sociais e de proteção ao presidenciável tucano, José Serra. Milhares de servidores protestaram, nesta quarta-feira (31), contra o viés autoritário e manipulador dos principais veículos de comunicação na cobertura de manifestações.

As espontâneas reações foram um dos pontos mais inusitados do “bota-fora” promovido por 42 entidades sindicais para marcar a saída de Serra do governo paulista. Também na quarta-feira, o tucano se desincompatibilizou do cargo para disputar a Presidência da República. Sua última cerimônia como governador, por sinal, recebeu apaixonado respaldo da imprensa conservadora.

Os manifestantes começaram a responder à mídia já no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, onde milhares se pessoas se concentraram no “bota-fora”. Mas o protesto mais enfático ocorreu horas depois, em frente à Secretaria da Educação, na Praça da República, durante a assembleia dos professores da rede estadual.

Aos gritos de “Globo não!”, “Fora!” e “Abaixo a Rede Globo”, manifestantes expulsaram uma equipe da emissora carioca, que estava num link ao vivo. Como em tempos mais sombrios, a Globo buscou guarida da Polícia Militar ― e foi calorozamente acolhida. Servidores também lançaram palavras-de-ordem contra a Folha de S.Paulo e balançaram a câmera de um repórter da Folha Online.

As imagens foram registradas pela própria Folha (Veja o vídeo em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u714789.shtml). A queixa maior do funcionalismo diz respeito à cobertura da greve do professorado. Desde o início da paralisação, em 8 de março, veículos como a Folha e O Estado de S.Paulo vêm ridicularizando o movimento, tachando-o de “político”, “petista” e “eleitoreiro”.

Reportagens, matérias, artigos e editoriais sobre a greve se furtam a analisar a justeza das reivindicações e a estimar a verdadeira adesão da categoria. Em vez disso, fazem coro com as declarações oportunistas de Serra e do secretário da Educação, Paulo Renato.

De São Paulo,
André Cintra

Fonte: Vermelho

http://www.vermelho.org.br/index.php

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A GREVE CONTINUA!!!!

Em Assembléia na Paulicéia dia Desvairada dia 31/03 os professores decidem pela continuidade da Greve Vitoriosa!!!!

Homenagem merecida a José Serra Educação!!!

Ode ao burguês


Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

Eu insulto as aristocracias cautelosas!
Os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!
que vivem dentro de muros sem pulos;
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os "Printemps" com as unhas!

Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o èxtase fará sempre Sol!

Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
"–Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
–Um colar... –Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!"

Come! Come-te a ti mesmo, oh gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!

Fora! Fu! Fora o bom burgês!...

De Paulicéia desvairada (1922)
Mario de Andrade

A καμάρα de Birigui e a Tribuna, do Grego ao Latim

Atenção!!!
Na primeira sessão da Câmara dos Edis de Birigui, far-se-á uso do Expediente da Tribuna Livre para discorrer-se sobre a Greve do Magistério Paulista, em que os opróbrios serão declinados e as vicissitudes do Governo Serra serão evidenciadas.
Desencompatibilizou-se Serra, o vice é o Homem de Ouro - Goldman, primeiro nome Alberto, (Alberto, cuja etimologia é teutônica e quer dizer brilhante ilustre, deu certo heim!!! Cara de ouro com cara de pau...), é a hora da negociação, da pressão...
Como diria meu amigo pessoal Tamoio, sendo esse nome sua alcunha, com pressão o feijão cozinha mais rápido...
Então, vamos lotar a Câmara!!!!!

Obs.: καμάρα escrito com o alfabeto grego, kamára.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Moto Serra... Despota (Des)Esclarecido...

Janio de Freitas: ação do PSDB contra a Apeoesp lembra a ditadura

A ideia do PSDB de buscar uma punição judicial para o sindicato dos professores oficiais de São Paulo (Apeoesp), por considerar que a greve da classe tem propósitos eleitorais, é uma mau começo de campanha para José Serra e os candidatos peessedebistas em geral, no estado.

Por Janio de Freitas, na Folha de S.Paulo

Não é preciso, nem seria sensato, duvidar do componente eleitoral da greve. Por ao menos dois bons motivos, melhor caberia louvar a ocorrência de uma greve também política.

É legítimo, e da própria definição de sindicato, que participe da vida política com a posição mais conveniente à classe. Inclusive com greves, cuja base legal ou ilegal só à Justiça, e jamais a governos e à polícia, cabe proclamar. O histórico reacionarismo brasileiro foi que propagou a ideia de que sindicatos e congêneres só podem promover ações sem mais pretensão ou conotação do que reivindicações profissionais específicas. E, ainda assim, bastante estritas e sob legislação muito restritiva.

O outro motivo para ver a greve sem olhos injetados é o fato mesmo, só ele, de ser uma greve lançada por associação de classe. Se tem componente político e eleitoral, não foi dele e por ele que nasceu. Foi, como ficou bem registrado em editorial da Folha de ontem, do fato de que, "desde 2005, os professores paulistas receberam apenas 5% de aumento salarial, contra uma inflação de 22% no período".

Não fosse esse tratamento iníquo ou, mesmo com ele, não coincidisse o acúmulo de iniquidade com a fase já eleitoral, o governo Serra e o PSDB em geral não teriam por que falar em greve política e eleitoreira. No final, importa muito mais é que uma associação de classe se mostre viva, quando todas as associações devedoras da ação política própria da democracia parecem, há tanto tempo, sugadas de toda a sua vitalidade.

Impedir sindicatos e congêneres de se manifestar politicamente seria trazer de volta um pedaço de ditadura.

Fonte:
www.vermelho.org.br