quarta-feira, 10 de março de 2010

O que de fato almejam os professores

É corrente dizer que os professores estão de greve apenas para amealhar mais divisas para as suas fortunas pessoais... Não obstante, trata-se de algo que transcende os numerários.
Primeiramente devemos salientar algumas coisas sobre a greve:
A greve é educativa, pois durante a sua edificação questões antes não discutidas o são e em profundidade e em espírito democrático;
A greve é um direito dos trabalhadores conquistado a duras penas;
A greve não é uma afonta ao Estado Democrático de Direito.

Com a greve os professores almejam no mais salutar espírito democrático contrapor às necessidades da categoria como os ajustes salariais e questões relativas à liberdade de cátedra, materiais didáticos, gestão democrática da escola, planos de carreira que beneficiem e incluam ao invés de promover a exclusão que é diga-se de passagem refutada pelo próprio governo do Estado na rede.
Se o estudante é preservado da exclusão pelos dispositivos pedagógicos, deve também o professor ter esse tratamento, uma vez que o educador é também educado.
As provas que foram aludidas como um esquema meritocrático definiram um novo paradigma, em que uma mescla de parcialidade e um elemento de sorte se fundem, a experiência do professor se dissolve, pois sendo sólida, deve consoante a filosofia desmanchar-se no ar...
Almeja-se também o banimento dos estamentos designados por letras do alfabeto latino, superamos com a revolução dos meios de produção à mentalidade feudal, que nos é imposta, mesmo contra nosso arbítrio.
Consoante à Carta Constitucional, somo uma categoria, temos isonomia.
Ainda não se resume a apenas isso nossas reivindicações, mas findamos aqui o presente artigo.


Renato Gomes dos Reis

Um comentário:

  1. Bela reflexão, prof. Renato. A categoria tem o nosso apoio nessa luta. Temos que resistir a essas políticas meritocráticas que ridicularizam os professores e a educação pública.

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